Sem destino

Minha rota aponta para

onde meu nariz se vira

fico sempre perdido

sem saber se viro

ou se sigo, se miro

ou desviro

Meu barco sem leme

teme, segue em frente

nem sempre sabe chegar

carrega emoções

e sentimentos

até onde consegue

flutuar

Se vôo, vou de leve

pra onde o ar quente me leve

e me enleve

não alço vôos

muito altos

onde minhas asas

podem se queimar

Se caminho,

vou só, sem mapas

pergaminhos

sem destino

percorro distâncias

cada vez maiores

entre sonhos e

pesadelos

Rogério Viana
Enviado por Rogério Viana em 04/03/2005
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