MAR AR AMAR
Manto branco
ondas de espanto
pranto
Espera alucinada
na areia
esperta e mansa
como sereia que canta
Na luz fosca
da manhã
espera...
Esperma em sol nascente
sequelas de amor dormente
e ainda espera
de novo na noite quente
Onde brilhava a pele
agora ofusca
Soluça e busca
seu próprio olhar
E fuça fuça
o espelho
ainda busca
não mais o alheio
Alhures
espuma
este mar
que abraça
e afoga
Entre soluços
Ar.