A aranha

Um aracnídeo anda pelo chão do quarto

e constantemente cuida seus olhos em mim

e seu olhar é como um horrível parto

de uma história épica que só conta o fim.

Que grotesco passeio faz esse inseto!

É indiferente às minhas pragas

e quando o blasfemo joga uma teia ao teto

brincando num vai-e-vem com minhas mágoas.

Brinca inseto,que tua hora não tarda!

Incitado pela ira peguei do chinelo

tentei acertá-lo mas fugiu,o covarde,

foi mais para o canto da parede,e a olhar-me,

riu-se de mim à vontade.

Ria inseto,teu remorso há de matar-te.

ralv
Enviado por ralv em 09/10/2005
Código do texto: T58105