O homem de neve

É preciso uma mente de inverno

Para notar o gelo e as ramagens

Dos pinheiros cobertos de neve

E ter estado no frio por longo tempo

Para notar os juníperos arrepiados

E os rudes abetos no brilho distante

Do sol de janeiro. Também não pensar

Em cada miséria no lamento do vento

Na resposta de umas poucas folhas

Que são os ruídos da terra

Repleta do mesmo vento

Soprando no mesmo ermo

Para quem ouve, ouvindo na neve

E que, fora de si, sustenta

O nada ausente, e o presente nada.

Damnus Vobiscum e Wallace Stevens
Enviado por Damnus Vobiscum em 09/11/2016
Reeditado em 09/11/2016
Código do texto: T5817924
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