Viagem da alma

Meu coração veleja em calmos mares

na sua embarcaçao, sem risco à proa.

E assim é um capitão de rota boa,

sempre vivendo em todos os lugares.

Mas sente a falta das ondas ofensivas,

do mar bravio, da rota pertubada,

com extravio de trilha já traçada,

para singrar novos mares, à deriva.

Meu coração não é aventureiro,

mas gosta de viver como um guerreiro,

um viajante com o dom de conquistar...

Por isso a calmaria lhe incomoda,

e se a rota que deseja a vida poda,

resta-lhe o sonho para velejar.

Marcos Maia
Enviado por Marcos Maia em 09/10/2005
Código do texto: T58208