a dose é pouca

Eu vejo pessoas com seus livros sagradas,

Todos estreitos em sua fé!

Essas pessoas, bebem de um licor que aceito,

Embora a dose seja pouca...

Homens como eu, gosta de se embriagar.

Eu vim de uma cidade puta,

Mas, nem por isso cobro quando deito,

Nunca toquei na alma, nem no espirito,

Demasiado são meus vicio, disto inda preciso.

Eu vejo pessoas com seus livros sagradas,

Todos estreitos em sua fé!

Caminham atentos aos pecados alheios,

E no seu íntimo amargo é a dom prazer!

Como é chama, amar!

Mas forte que os homens são as palavras,

Poucos são os homens em versos,

Aceita o que é inflame a face,

Sem revolta... é nobre!

Ver! A palavra é que conduz os homens...

Ver! Os versos revelam os homens,

Mas quem lê um poeta bêbado em pleno sábado!

Eu vejo pessoas, com seus deuses,

Mas o que queria mesmo era...

Ver essa gente,

Sem seus deuses,

Sem suas cruzes,

Sem seus pecados,

Sem seus medos...

“ cada pessoa livre é um deus”

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 11/02/2017
Reeditado em 27/08/2017
Código do texto: T5909705
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