COMO SEMPRE

O Sol Já nasceu.

Deixou empós sí a alvorada.

Como se fosse um nada.

Agora o calor, a abrasar.

Como Sempre

O dia começa.

Não ha ruído de sapatos.

Apenas o silêncio.

As mulheres fazem o pão.

Logo a explosão.

Como Sempre.

Alguém foi ao céu.

E levou consigo outros.

Na porta da Mesquita

De Bagdá.

Os Ingleses com seus primos

americanos.

Querem os canos, de Bagdá

COMO SEMPRE.

No Céu começa a subir o rolo da fumaça.

Os carros amassados,estão queimados.

Os bombeiros, em jatos d'aguas

Querem apagar aquele fogo da Mesopotamia.

Uma tocha acesa em Bagdá.

Como Sempre.

Império Britânico ou Globalização.

Mandatos a configuração.

O petróleo é de quem pegar.

Mas pega fogo.

Sunitas e xiitas a rezar.

Como Sempre.

Quando um homem.explode,

embora o último do dia,

não explodiu em vão,

pôr mais modesto que seja,

pode orgulhar-se da explosão.

Como Sempre

DON ANTONIO MARAGNO LACERDA ( AL KHALED)

Prêmio UNESCO/poemas/jornal

www.jornaldosmunicipios.go.to

jornaldosmunicipios@ig.com.br

DON ANTONIO MARAGNO LACERDA
Enviado por DON ANTONIO MARAGNO LACERDA em 13/10/2005
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