salgadinho é uma cidade poética

Há eu!

Entender essas causas,

Já me é forte!

E negar todo os fatores, é desumano,

O homem nasce numa cidade pequena,

Seu pai, não lê,

Sua mãe não lê,

E seus irmãos está na rua...

Mas seu espirito teima a enfrentar o rio,

E doce são suas dúvidas em...

Nos amores,

Nos deuses,

Na lógica,

Em si mesmos...

Doce é o espirito livre!

Há eu!

Hediondo foi meu crime,

Eu comi as palavras,

Eu comi as regras,

E a cidade tem uma forte rejeição a verdade!

O poeta é bêbado,

O artista é sacramento,

Mas, não vão a igreja!

E todos dizem que são loucos.

Imagina! Como sou só em salgadinho...

Há minha terra!

Será que só entenderás, o sepultamento!

Outubro é um mês festivo!

Há eu,

Nem sei o que é amar,

Nem sei o que é ter filho,

Nem sei o que é ter casa,

Ter mulher,

Ver, eu! Amado...

Nunca tive amor...

Nunca tive filho...

E amei erradamente o amor de amar!

Coisa doida de poeta...

Fazer o quê! Né.

Amar é um verso livre!

Eita, Salgadinho é uma cidade poética!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 25/02/2017
Reeditado em 28/07/2019
Código do texto: T5924088
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