O que meu coração exige
Ah, o meu coração não quer que eu cale...
quer o meu grito em confissão e em Poesia
e que, em cada frase que o meu estro fale,
que eu faça escorrer minha dor como sangria...
"Conta a todos", ele exige... "é isso o que vale
já que tu provaste da cicuta à ambrosia...
e que o teu senso (por ser senso) se iguale
mesmo no sabor excêntrico de veneno e iguaria...
E que não morras pela vã e amarga cota
do sabor da amêndoa fatal, vil, venenosa
que, num repente, aos teus sentidos embota...
Que te vá escapando o débil fio da existência
sob os vapores da emoção mais langorosa
e sob os auspícios da mais adocicada essência !"...