AINDA EMBEBIDA

Embebo pelas tramas desta

boca de carcereiro

“domas o gosto embebido”,

Imerjo lambendo as crispas

Cuspindo a fumaça

Que trago da tua boca

Na garganta o gosto do poço

Que afundo aos sons de

outrora gemidos

E que agora me aperta o peito

Os feitos! Os gestos, o fogo!

Da lenha sou o que me resta

Murmúrios burilando as cinzas

Faiscando ainda em meus ouvidos

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 22/05/2017
Reeditado em 22/05/2017
Código do texto: T6006570
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