REFLEXÃO
O amor de ontem fundamenta o amor de hoje,
Mas aquele sol já se pondo, o calor minguante,
A luz agora baça, enfraquece a esperança;
E o futuro, desafio imenso e constante,
Só promete noite densa,
Caverna escura...
Substituir a luz tremulante do archote
É necessário, é premente...
Acenda, por favor, acenda o holofote,
Preciso ver os cantos escuros da alma,
Enxergar os sentimentos
Que me escapam, como que levados pelo vento
Da vida, sem volta...
A fé! Ah... a fé de encontrar o certo momento
Do abraço forte, do ombro amigo,
Do amor transbordante...
Quero mais da vida,
Do que a espera passiva
Do beijo delirante da morte.