Poesia (duas da manhã)
São duas da manhã, me sinto torto;
meu corpo está cansado e sem conforto;
o mundo ao meu redor é quase morto
e todo este penar
só faz rememorar
o que penso esperar!
São duas da manhã, duas em ponto!
Meu corpo está cansado; eu meio tonto
me sinto divagar, contando um conto
e um verso reprimido:
A “coisa sem sentido”
que me faz dividido!
São duas da manhã (duas e vinte);
e o dia que já é dia seguinte
irá me achar assim meio pedinte
talvez porque eu não faça
valer-me da trapaça
de não beber da taça
amarga da desgraça!