DESCONSOLO

caixas vazias
casas abandonadas
fantasmas soltos
e sonhos esquecidos
no alpendre dos morcegos

era a hora do Ângelus
ribombos no sino da matriz
joelhos no chão
mãos postas em oração
vida de pesquisador aprendiz

e a lua passeia
pelos céus infindos
onde almas procuram
a porta do céu
com o guardião a dormir