MUDANÇAS, LADEIRA SEM CARRINHO

Onde passaram as rodinhas de rolimã

tombei minha boca,

Não me deixaram dor de dente,

nem dedo arrebentado que o

Cuspe não curasse...

Sorriso estremecia dentro

do veículo imaginário,

costas arqueada sem consciência adivinhas,

nada queria, alegria corria solta,

pedra polida colhida no córrego valia ouro...

Caminhos eram os riscos das rodas

ficando lá atrás...

Imagens sem pecado

eu de fato dentro de um poço!

Nem rezava o credo.

Adorava brincar de fantasmas,

Andava descalça, tomava banho

de orvalho comendo marmelada

Na estrada, ninguém me via.

“Às vezes a criança chorava por coisas

Que não conto, por me dá preguiça...

Mas tristeza não tinha chão”.

Hora vou lá planar nos sonhos

- Não subo a ladeira sem o rolimã,

e não morro de tantas coisas quando crescer...

Firmou em mim...

Um rastro sonoro de risos todos os dias,

Tesouros são as cascas coloridas de besouro,

“Descabeladas”, minhas bonecas no milharal...

O gliter das asas das borboletas em minha mão,

Os mistérios e fantasia que só eu via...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 15/12/2017
Código do texto: T6199976
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