Como se morre, faz toda diferença... (ilha do medo)
Por fora, ainda a mesma, intocada
Por dentro seu peito ruia e queimava
Desfazendo a cada tragada e a cada respirar
Daquela fumaça tão toxica
Que a consumiria de vez, em poucos minutos
Quando seus pulmões não suportassem mais pedir socorro
Seu corpo em meus braços
Se desmanchava como cinzas
Enquanto o fogo envolta, queimava voraz
Mas eu ainda estava ileso, intocado
Tanto dentro...
Como fora...
Num susto, como se de tivesse aprendido a respirar pela primeira vez
Acordei, na segurança de um quarto arejado
Porém ainda só... e ela?!
Deve estar pairando em forma cinzas
Numa brisa em algum lugar longe daqui, longe de mim
(Mas ela não morreu queimada, a fumaça a levara antes, e isso faz toda a diferença).