DESILUSÃO
Caminhava reto nesta estrada
Construindo pontes de concreto.
Para os teus pés fiz a calçada
Com cimento e muito afeto.
Um feixe de luz em minha vida
Brilhava intenso neste momento
Uma força terna embora combalida
Evitava velhas brigas e sofrimento
Mas é que o passado sempre à tona
Te fez carrasca cega e cruel algoz
Buscando provas de alguma traição.
E quando mais te amava, minha madona!
Rompes nossos laços de maneira atroz
Restando no nosso peito a ingratidão.
(Arcoverde, 11/07/2007)