Não há enquadre
 
Para iniciar esta prosa, um desafio brilhante
Em compor em poucos versos - a versão do não enquadre,
Em meus sonhos não embalo o berço do pequeno ser
Na calada da madrugada, não há choro para consolo
 
Não apenas não o quero ter – essa é a minha liberdade!
Mas, não há beleza maior do que o florir da maternidade
De amar sem medida, sem máximas, os “filhos” que a vida gesta,
Dou voz e vida aos versos que componho – fulgurante é a diversidade.
 
Não é uma filosofia de vida, uma crença a seguir, um automatismo biológico.
Simples... e nada mais colorido e perfumado do que o vigor da autenticidade,
Que ninguém nos limite, nos sujeite, a escravidão de padrões de uma sociedade,
Há beleza em potência e flor - o viver a própria liberdade;
 Em dizer:  - Não a maternidade!
 
 Águida Hettwer