VOLTANDO PRA MINHA TERRA
Meus olhos choraram,
Ao retornar ao velho rancho
Na beira do lago,
Aos pés do barranco.
Já logo na chegada,
O tapete verde de grama...
Onde vezes dormi,
Como se fosse em minha cama.
Vejo céu todo estrelado,
Vejo o lindo cruzeiro do sul.
As matas virgens, intocadas
Onde vive o belo mutum.
Ao lado a velha palhoça,
Onde eu caçava juritis.
Na beira do rio minha plantação
Belos e verdes buritis.
Meu cachorro, velho companheiro,
Das caçadas nos fins de semana.
O velho barco de madeira
Encostado ali na varanda.
Meu cavalo machador
Agora já sem a cela...
Quantas vezes corria
Com os pantaneiros lá na serra.
Ao findar da tarde, revoada de andorinhas,
E os belos canários amarelos.
No terreiro, quantidade de galinhas
Catando o milho no gamelo.
O puro ar das campinas
Que enchia de esperança meu peito...
Se mistura com a fumaça das queimadas
Destuindo meu encanto tão perfeito.
Voltando pra minha terra eu renasci!
Recordando os anos em que distante eu vivi.
Voltando pra minha terra, então eu chorei!
As alegrias, tristezas e mágoas, comigo sempre guardei.
Voltando pra minha terra eu renasci!
Recordando amores perdidos que nunca esqueci.
Voltando pra minha terra, então eu chorei!
Escoltado pelos vagalumes, meu pranto sequei!
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