Flores algures

Um sonho de variadas cores
Amores de todas as nuanças
Nas lembranças poucas de ti
Antes do partir o adeus.

Uma avalanche de pensamentos
Trazendo tormento ao coração
Que de antemão me leva a sofrer
Por conta do alvorecer porvir,

No encanto da hora me invento
Contento com um pingo de olhar
Na escuridão dos aflitos a tatear
Nuança simples do amor...

Não ao beijo a distância a contentar
A instigar amores dos mais antigos
Entre flores ambíguas em algures
Nos tugúrios do campo a chorar.

Eternamente como flor a amar...
A postergar a mágoa e a dor
Invento do trovador, ao poeta,
Que um dia inovando passou por lá.

Contudo, o canto ainda não é tão  triste
Porque existe um resto de esperança
Em torno da andança que se inicia
Para um sempre e apressado sonhar.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/02/2018
Reeditado em 04/02/2018
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