Perdido!

Hoje fui procurar textos antigos,

ainda não estavam perdidos,

só sumidos, apartados,desencontrados

de mim,

já que era Eu que estava sumido!

Não achei os textos, enfim

e, nesse processo,

acabei de me desencontrar de mim...

O que vou publicar, então,

que não seja piegas,

que não seja exaustivamente longo,

ou tão curto que se não o perceba?

Depois de um tempinho em Portugal,

me tornei mais concreto, direto e por certo,

mais reto em meu rumo.

Usei da bússola e da memória,

e, nessa história, me fiz ao mar, sem derrota definida.

Mergulhei, de cabeça, desisti de mim,

e me misturei com a Vida!

Mas, de repente e sem aviso,

Chegou Lili, minha mulher

e me contou onde estavam guardados

os poemas antigos...

Não perdidos,

apenas separados,

de mim e do mundo,

pelo tempo;

pelo esquecimento.

Obrigado Lili!