Tinta branca no papel claro

Escrevo a tinta branca no papel claro,

Com mais leve e puro traço,

Preenchendo cada elusivo espaço

Este escrito não se pode ver

Pelos olhos do instinto

Tão brilhantes e vazios,

E que nada servem a você

Pois instinto só compreende o básico,

Que por acaso é tudo o que nego,

Logo, mantenho as palavras no mistério,

Que jamais poderá decifrar

O que escrevo é só sentido

Como o ar é respirado

Ainda assim continua incompreendido

Por quem adora o sabor mais óbvio