Chance

A alma não predestina

Ninguém sabe

Se ainda é tarde

Pra seguir

Constava sigilo

Talhado no barro

Que deforma aterra

Dispersa razão

Entrega

Entre lenços

E sóis

Dispondo a mais

Personagens irreais

Da trama

Sempre não se soube

Se é tão cedo

Pra tecer a verdade

Quem pode polemizar

O pólen

Que a brisa respira

Horas no chão

Ponteiros determinados

Admitindo o futuro

Não é sempre que se vê a inocência

Quando estamos no escuro

Perdidos

Defeitos

No meio da ausência

Num pódio de meias palavras

Sempre tudo se crê

Quando não se crê em mais nada

Camila BV
Enviado por Camila BV em 23/10/2005
Código do texto: T62698