O Senso das Coisas
Areia branca que se move embaixo de nossos pés,
O aroma do oceano que nos invade as narinas.
Tudo nos revela um luminoso dia de verão.
Com ouvidos atentos teremos outras revelações:
As ondas quebrando intermitentemente na areia,
Os pios incessantes das gaivotas que nos sobrevoam,
Até mesmo a mais fantástica visão de uma sereia,
Que nos acena com a cauda atrás de uma onda.
Muitas pistas podem até ser falsas – ou não.
O que importa é que os sentidos desaguem no inesperado.
Anos se distanciam como estradas distantes umas das outras
Tornando a velhice de nós mesmo em meras ilhas.
Importante mesmo é não perder o senso das coisas.