O Senso das Coisas

Areia branca que se move embaixo de nossos pés,

O aroma do oceano que nos invade as narinas.

Tudo nos revela um luminoso dia de verão.

Com ouvidos atentos teremos outras revelações:

As ondas quebrando intermitentemente na areia,

Os pios incessantes das gaivotas que nos sobrevoam,

Até mesmo a mais fantástica visão de uma sereia,

Que nos acena com a cauda atrás de uma onda.

Muitas pistas podem até ser falsas – ou não.

O que importa é que os sentidos desaguem no inesperado.

Anos se distanciam como estradas distantes umas das outras

Tornando a velhice de nós mesmo em meras ilhas.

Importante mesmo é não perder o senso das coisas.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 10/03/2018
Reeditado em 03/10/2018
Código do texto: T6275895
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