JOGO PARDO

JOGO PARDO

O que pode ser mais vergonhoso
que a pobreza dos miserável
as chibatas dos covardes...
Mesmo assim, os grandes
se perpetuam garbosos...
Uns usando a política
outros, os ensinos religiosos...

As sombras dos seus nó cegos
... Na qual eles deitam-se
com seus lençóis falsos
e vão desfrutar a ganância
desenfreadas em seus cadafalsos.

Quantas lagrimas no porão...
Quantas mortes sem milagres,
essa cor sem endereço de liberdade
hoje... Apenas trocou o ton
nos mandos das nossas majestade.

Tanta emenda na lei
p'ra costurar as falcatrua
tanta contenda e a vez...
Não existe, para vidas nuas.

Aqueles olhos, agora chora...
Chora cassando o emprego seu,
a vida lhe apavora,
e a fé... Questiona, seu Deus.

Do outro lado são deles...
As leis e teus cargos
e a proteção dos seus encargos
... São deles todo o baralho
com todos os jogos pardos.

Antonio Montes
 
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 21/04/2018
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