Tu és e foste a filha da empatia
Faz tanto tempo que venho evitando pensar em você
Pois sempre que o faço, minha mente fica embaçada
Me inebria com tal fumaça, que bruscamente me envolve e arrasa
E assim... Por mais fervorosamente que eu tente
Você demora a sair da minha mente
Tanto quanto a ressaca da bebedeira passada
Que mata meu figado, mas não o pequeno fio de esperança.
E me assusta a distancia entre nossas almas doloridas
Ou o espaço entre nossos narizes
Tenho medo deu um dia te convencer que minha loucura fara bem a ti
E talvez seja uma completa "loucura", no sentido mais literal
Então verei que não curei suas ferida, apenas as vedei, para não vê-las
Seus machucados sempre doeram em mim, mais do que gostaria
Mas nunca houve um ser ferido, que eu quisesse tanto cuidar.
Vejo você sempre olhando para o passada e eu... sem conseguir tirar os olhos do futuro
E isso me faz pensar: e se nunca conseguirmos olhar para a mesma direção?
Você sempre no excesso, eu na síntese
E isso me faz pensar: por mais que eu tenha um buraco imenso em meu peito, e se você transborda (de mim)?
Sinceramente, meu maior temor possivelmente é: nunca mais ver uma de suas poesias
Torço para que isso seja só uma paranoia da minha cabeça
E que por meio dela você transcenda as linhas do caderno, até mesmo do destino.
Ainda que o zodíaco nunca colabore com a nossa situação
Ou que você nunca consiga tomar nenhuma decisão, nem achar uma posição
Ainda que a novidade faça parte da minha rotina
Teu sorriso é o mais belo poema, o qual eu nunca cansarei de ler
Ainda assim não peço que o Karma te traga para mais perto, tampouco que a tire de mim
Só talvez que o Dharma não esteja tão longe daqui...
Tanto quanto uma linha tênue de distancia.