Tu és e foste a filha da empatia

Faz tanto tempo que venho evitando pensar em você

Pois sempre que o faço, minha mente fica embaçada

Me inebria com tal fumaça, que bruscamente me envolve e arrasa

E assim... Por mais fervorosamente que eu tente

Você demora a sair da minha mente

Tanto quanto a ressaca da bebedeira passada

Que mata meu figado, mas não o pequeno fio de esperança.

E me assusta a distancia entre nossas almas doloridas

Ou o espaço entre nossos narizes

Tenho medo deu um dia te convencer que minha loucura fara bem a ti

E talvez seja uma completa "loucura", no sentido mais literal

Então verei que não curei suas ferida, apenas as vedei, para não vê-las

Seus machucados sempre doeram em mim, mais do que gostaria

Mas nunca houve um ser ferido, que eu quisesse tanto cuidar.

Vejo você sempre olhando para o passada e eu... sem conseguir tirar os olhos do futuro

E isso me faz pensar: e se nunca conseguirmos olhar para a mesma direção?

Você sempre no excesso, eu na síntese

E isso me faz pensar: por mais que eu tenha um buraco imenso em meu peito, e se você transborda (de mim)?

Sinceramente, meu maior temor possivelmente é: nunca mais ver uma de suas poesias

Torço para que isso seja só uma paranoia da minha cabeça

E que por meio dela você transcenda as linhas do caderno, até mesmo do destino.

Ainda que o zodíaco nunca colabore com a nossa situação

Ou que você nunca consiga tomar nenhuma decisão, nem achar uma posição

Ainda que a novidade faça parte da minha rotina

Teu sorriso é o mais belo poema, o qual eu nunca cansarei de ler

Ainda assim não peço que o Karma te traga para mais perto, tampouco que a tire de mim

Só talvez que o Dharma não esteja tão longe daqui...

Tanto quanto uma linha tênue de distancia.

Delírio Rodrigues
Enviado por Delírio Rodrigues em 02/05/2018
Reeditado em 02/05/2018
Código do texto: T6324770
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