DANÇA NO ESCURO

Dançamos onde os olhos não veem.

Corações cruzados tecem nova trama

Os pés enroscados apreendem o ritmo invisível

De uma composição desconhecida e calma

Nascida do atrito sem guerra dos nossos corpos.

Olhos cobaltos, mar índigo e o céu de velho anil

Escurecem para velar o segredo maior de nós.

Somente as estrelas confessam nosso amor,

Pois dançamos onde os olhos não veem.