Na fria solidão da lua
Na fria solidão da lua,
o vento sobre os arvoredos...
Entoa silenciosamente pela rua,
à melodia dos mistérios e dos medos.
Que vai bater nas casas e nos muros,
queimar nas almas e também nos corações.
Será nestes ergástulos escuros,
a chama que aquece solidões.
E estas horas que sepultas, ser-te irão,
passadas forem às mágoas...
Esquecidas e levadas por estas águas,
vivas novamente há pulsar no coração.