Das ilusões

Deixei meus sonhos

Serem maiores que eu.

Real não fui, ou fui real?

Indago ao passante

Que flui na vida,

Depois desmancha no horizonte

Sonhar foi bom,

Pois quando o sol se punha

Por um renque de luz,

Haviam estrelas

Me iluminavam luares.

Eu inventava mundos.

Não fui maior

Que as minhas ilusões.

Meus castelos tinham salões iluminados

E alamedas eternamente floridas.

Sonhar sonhei, não foi em vão

Meus olhos me fizeram o que não fui.

Vai longe a vida correndo,

Sem nunca olhar pra trás

E segue como um bando

De cavalos selvagens,

Buscando outras pradarias.

Vai longe a vida de outros, não a minha,

Que de longe cisma a estrada.