Caiam folhas pelo caminho
Caiam folhas pelo caminho, enquanto andavas,
mostrava-me, a vida, me mostravas...
Sobre o galho do meu destino, que choravas,
infeliz à pobre ave, dos meus sonhos, que não voavas.
Parado, à sombra, desta que não encantas,
fiquei sem saber-te qual à razão.
Me fez poeta, pra cantar-te, como esta que ai cantas,
sobre o medo e também à solidão.
Vendo ferir-te oh, bruma, o sol das minhas dores,
a verdade revelou-se no profundo...
Azul do céu, que vou deixar quando me fores,
há de ser-te só os versos, que escrever-te neste mundo.