um arte

com a memória sangrando,

Limpo o assoalho da velha casa,

Palavras verticais

Gritos desesperados, quem

Será o morto que ainda fala?

Quem em socorro traça

A mordaça da vida? Leio

Em voz alta minha fome

De formas, porém pratiquei

Algumas indelicadezas, daí

A dúvida desse mar de palavras, espero

Que meu jarro pulse flores desgovernadas,

que as flores sejam brutais e

que ninguém fale mal do violão

mal tocado, e que assim seja a verdade