Harmoniosas Melodias
São tão tristes essas noites de inverno,
quando esta ave, rumorejas em meu peito.
Abrem-se, às chagas, de um eterno,
um eterno e doloroso sentimento.
Às estrelas, que distante a vós despertam,
encanto e mistério...
Com à lua e meus olhos elas flertam,
num silêncio, merencório e etéreo.
Os astros, ali cintilam, os astros
luminosos ao clarão da madrugada.
Vão deixando os teus rastros,
até surgir à alvorada.
Solitária, com tua cítara dourada,
entoando, harmoniosas melodias, que à lembrança...
Lhe trazes a ti nesta estrada,
em que segue solitário tua andança.