Morta minha infância

Morta, minha infância, morta

como à pedra, que me surge no caminho.

Tua lembrança me conforta,

como ao ébrio lhe conforta o doce vinho.

Tu partiste como às aves,

que se vão no entardecer.

-Serenas a seguires invisível o seu trilho...

No infinito do meu peito a se perder,

lá se foste me deixando,

nos meus olhos triste brilho.

Solitária foi surgindo uma estrela,

e nos postes, acenderam-se as luzes lá na rua.

Solitário, em meu peito sinto tê-la,

cintilando, merencória e distante como à lua.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 24/07/2018
Código do texto: T6398902
Classificação de conteúdo: seguro