Planto o verso que colho

Planto o verso que me colhes

Pelas terras que movemos.

Onde insetos, larvas, flores

Têm alma de inverno a inverno.

O verso que me consente,

Ou me cabe, a natureza.

Verso que se me desmente

Ou simplesmente me resta.

Mas se vou à letra pura,

Nas trincheiras da ternura

Que desenhou os nossos rostos,

E esse verso em que me acolho

Irrompe, amado, em teu olho,

Sei que és, que sou. Sei quem somos.

Célia de Lima
Enviado por Célia de Lima em 18/08/2018
Código do texto: T6423124
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