SONHO DE VERÃO
 
De frente pra lua,
(qu’indiscreta se insinua),
eu exibo as carnes nuas
do meu corpo, já, despido.
Tirei, pronto, o meu vestido,
e me preparo pra noite
que chega densa, imensa,
com seu séquito de estrelas.
Debruço-me à janela pra vê-las
longe, longe, tão distantes...
São pequenos diamantes
enchendo de luz todo espaço.
Hesitante estendo o braço
tentando alcançá-las, em vão.
Quem me dera eu pudesse
ter as estrelas que quisesse
na palma da minha mão...
Mas é tão somente um sonho,
mais um sonho de verão.