Meu pai ausente

Pai, aquele sofá em que nos juntávamos

Ainda que por vinte ou trinta minutos

Contava-nos toda a vida corrida d’um dia

Que correu, mas que venceu, por Deus, (com os olhos) dizia!

Logo o sono viria

Eu sabia

Logo eu acordaria

Com as brigas

Mas, tu estavas lá...

Nós também

Hoje só me resta chorar

E me lamentar

Por não saber

No que isso vai dar

Hoje, a ausência...

Nada há no sofá

Mas ainda o uso

Para, por ti, orar!

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 13/09/2018
Reeditado em 22/09/2018
Código do texto: T6447641
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