A sombra

Como a sombra de um vulto

acho um insulto quando

me veja pela sombra

como um rastro de pés

caminho coberto com véus

ouço a voz de um vulto

me passando um indulto

para não ouvir aquilo

que é um insulto

como um sonho que vê

quando conta ninguém crê.

enxergo tudo, sem olhar

me vejo com os raios

raios deste sol

beijo o rosto de um nome

sem o pronome de um ato

vejo de fato seu rosto

me dando um grande desgosto

difícil de se ver

magoado e fissurado

peço que não xingue

prefiro entrar num ringue

a ser mensurado

quero ver olho no olho

não escondo meu desgosto

dou o perdão a contragosto

para depois não sentir culpado.

Jose Hilton Rosa
Enviado por Jose Hilton Rosa em 23/09/2018
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