Noite em Ventania

Deito o olhar sobre o mensageiro da noite
que chega qual vagão de nuvens
sobre os trilhos mortos,
chacoalhando solidões...
A íris azul-violáceo escurece
na face enternecida de crepúsculos.
E quem pode saber a profundidade das angústias?
São perguntas que não calam,
que se agitam como bandeirolas ao vento
no alto das abóbodas do céu...
Sobrevivo ao temporal!
A poesia é bálsamo na tela clássica
da noite em ventania...