TUDO É VAIDADE

Tudo é vaidade

O mais sábio foi quem disse

Mostrando assim que é tolice

Tantos bens acumulados

Tudo um dia será passado

O futuro e o presente

Um dia será tão ausente

Talvez nunca mais lembrado

E quem ficará com tudo?

Quem conhece o sucessor?

Talvez nunca dê valor

A tudo que foi deixado

Assim por que sou apressado?

Se pra morte só avanço?

Melhor um punhado de descanso

Do que dois de trabalho árduo

E que dizer do prazer

Isso também é vaidade

Pois parece insaciável

Quem tem é como não ter

O olho não se satisfaz de ver

Nem o ouvido se sacia de ouvir

A língua não se cansa de ferir

palavras são ditas por dizer

Até mesmo a sabedoria

Foi também questionada

Quando ela não vale nada

Durante a nossa estadia

O nosso fim não tardia

Está escrito no rolo

Morre o sábio, morre o tolo

Passando a mesma agonia

Pois o imprevisto vem

Como trazido pelo vento

Para tudo há um tempo

Ele disse isso também

Aproveite tudo que tem

Pra ouvir e aprender

Acumule todo saber

Mas divida com alguém.