O miasma

Um bafo fétido

Feito a atmosfera de um bueiro infecto

Sopra aos ouvidos, aos intelectos

Ódio, medo, retrocesso

Cooptando esperanças, desmerecendo os méritos

Por onde andará nosso bom senso?

Com cólera afogada

E um quê de bravatas

Ditas, mas nunca afirmadas

Deblatera-se o miasma

Um fantasma, do atraso e da mão armada

O que será da nossa democracia?

Gagueja, pragueja, agarra-se a bandeiras

Diz-se patriota, mas é um lambe-botas

A mim não enrola

É fascista, racista, homofóbico

É um embrólio, um troço duro de engolir

Fechem a porta de casa

Não deixem entrar o miasma!

Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 11/10/2018
Reeditado em 11/10/2018
Código do texto: T6473829
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