Mulher contraditória


Ela contradiz o ditado 
não se rende ao pragmático 
Ela reduz todo significado 
num lampejo poético muito vago

Ela ressignifica o verbo haver
Pois desconhece seu poder
Ela se contrapõe a loucura
Lúcida! Furtivamente busca aventuras!

Ela mistura o novo e o antiquado 
Em cálices efervecentes de pecado 
Ela confunde o cupido com o diabo
Vive o amor com ardor, meio enviesado

Ela diz que vai e nunca chega 
Não desmerece os seus sentidos 
Se diz cansada, mas nunca sossega 
É  tão cética e ainda crê no divino

Ama , implora, recusa e pranteia 
Ela cultua e deleta fortuitas memórias
É chama apagada que muito incendeia 
Ela é assim, a mulher contraditória
 






Comentários interativos dos caros poetas:

Muito grata ao  poeta
Alberto Valença Lima




É mulher

 E para sê-lo, carece o contraditório.
Serve e toma.
Desliza como poesia.

 Abraça como presa.

 Ama como mulher.
 É bela como uma deusa.

Insinuante.

Dengosa.

Sutil.

Sinônimo de Amor.




Muito grata a poetisa
Sandra Rosa



 Ela é mesmo contraditória.

 Mas tem dias que ela é notória
 Ela vagueia incerta pelo mundo
Tentando extrair os sentimento mais profundos
Ela pode odiar, e até mesmo amar
Dependendo do retorno que o mundo lhe dá
 Mas sabe ser bem compreensiva
 Pois a razão lhe chama a sabedoria

 Abraços Lilian, adorei a poesia e não resisti, interagi. :)




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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 10/11/2018
Reeditado em 22/04/2019
Código do texto: T6499691
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