Poema 0170 - Tudo agora
Beija-me, aparece em meus sonhos quando quiseres,
só não venhas pela metade, quero o riso solto,
as vontades acesas correndo pelas veias,
trazes teu corpo, vou banhá-lo com outra paixão,
se um dia vieres... te amarei para nunca mais ir embora.
Guardei as chaves da casa dentro do teu peito,
meu lugar é onde está meu coração maluco,
não perdi nada, mesmo que ainda me sinta vazio,
meu amor foi junto quando o teu voltou pra mim,
não quero amor ao meio, preciso o inteiro da paixão.
Não posso esquecer das cores que tingiram minha vida,
tintas de todas as paixões que me marcaram a pele,
paguei os beijos, cobrei pelos abraços, até morrer o amor,
foram vezes que meus sentimentos eram nada,
não quero explicar os amores, aprendi que é um.
Poderia virar mais uma esquina, mas te perderia de vista,
cheguei antes, enquanto teu espaço estava vazio,
quero fazê-la perder o controle entre nossos abraços;
quando as palavras entram gravam na alma algumas juras,
de tudo, os olhos guardam a luz, depois minha imagem.
Não quero amante de ouvir dizer... em outras bocas,
quero meu beijo saboreado, a paixão enlouquecida,
tenho lágrimas que ficaram nos faz-de-conta que passou,
quero agora, tudo agora, jogo fora as recordações,
porque, onde estiver, sou quem tem o amor de nós dois.
15/03/2005