Ingênuo amante...

Como poderia eu, ingênuo amante,

tão inocente em pensar ser o único

apreciador do por do sol,

e estas pétalas que jurei serem

ilegíveis para os carnais,

mas como?

se ouço uma voz sussurrar-me

a expressão de uma borboleta?

E estes olhos que me buscam de tão longe,

serão eles tolos em deslumbrar-se

num vôo aspirando o perfume das flores?

Perdoem-me olhos meus,

por tantas lágrimas de utopia.

E aos ventos obrigado,

obrigado pelo suspiro de amor

que trouxestes de tão longe

para gritar-me aos ouvidos

o rugido de amor.

Airton
Enviado por Airton em 14/03/2005
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