Compêndio Geral sobre o Beijo

Não há no mundo coisa melhor que um bom beijo

Beijo sempre molhado

Beijo por vezes escandalizado... sacralizado!

Daqueles que atravessam as eras

Transcendem teorias e teoremas

Consagram casos... estragam outros.

Sufocam noites

Despertam auroras. Oh, aurora !

Seriam os beijos simples toques de lábios?

E são os lábios simples entraves de carne!?

Lábios são coisas da boca! É o que sei e o que a fisiologia atesta!

(E nosso poema quase se fez por fugir do seu mote!)

Mas afinal, o que é o beijo para o lábio?

Um lábio solitário às vezes resseca. Até morre!

Outros encontram os deuses. Santas volúpias de ósculo!

Lábios, lábios!

Lábios místicos estes!

Lábios ideais perdidos no horizonte sombrio da razão.

Lábios descritos e transcritos

Lábios ouvidos e duvidosos, ora sim, ora não.

Lábios postos eternos por um flash

Ou projetados através de película de 8 milímetros.

Dos lábios o beijo!

Salve o beijo!

Idolatro-o!

Beijos e bocas!

Béjo, Baci ou bicota

Quais dos nomes? Quais os lados?

Quais os melhores?

Ou os rejeitados?

Quais?

...

Um bom beijo é muitas vezes antecedido por olhares de abismo.

E não se deve esquecer que é também acompanhado por inspirações rarefeitas e sucedido por fins de uma momentânea cegueira de entorpecente flecha cupídica.

Mas não saem da memória os beijos com trilha sonora e encerrados com um intrometido THE END.

THE END.

O fim.

Márcio Jarek
Enviado por Márcio Jarek em 31/10/2005
Código do texto: T65556