Compêndio Geral sobre o Beijo
Não há no mundo coisa melhor que um bom beijo
Beijo sempre molhado
Beijo por vezes escandalizado... sacralizado!
Daqueles que atravessam as eras
Transcendem teorias e teoremas
Consagram casos... estragam outros.
Sufocam noites
Despertam auroras. Oh, aurora !
Seriam os beijos simples toques de lábios?
E são os lábios simples entraves de carne!?
Lábios são coisas da boca! É o que sei e o que a fisiologia atesta!
(E nosso poema quase se fez por fugir do seu mote!)
Mas afinal, o que é o beijo para o lábio?
Um lábio solitário às vezes resseca. Até morre!
Outros encontram os deuses. Santas volúpias de ósculo!
Lábios, lábios!
Lábios místicos estes!
Lábios ideais perdidos no horizonte sombrio da razão.
Lábios descritos e transcritos
Lábios ouvidos e duvidosos, ora sim, ora não.
Lábios postos eternos por um flash
Ou projetados através de película de 8 milímetros.
Dos lábios o beijo!
Salve o beijo!
Idolatro-o!
Beijos e bocas!
Béjo, Baci ou bicota
Quais dos nomes? Quais os lados?
Quais os melhores?
Ou os rejeitados?
Quais?
...
Um bom beijo é muitas vezes antecedido por olhares de abismo.
E não se deve esquecer que é também acompanhado por inspirações rarefeitas e sucedido por fins de uma momentânea cegueira de entorpecente flecha cupídica.
Mas não saem da memória os beijos com trilha sonora e encerrados com um intrometido THE END.
THE END.
O fim.