Sina

eu me arrasto sem sintonia,

(com rigor, pago as contas)

atuo exatamente

como determina a sina.

bebo pra ficar sóbrio

(não sou e não tenho),

e no alívio da Graça etílica,

encaro ainda mais firme a sina.

invento que sou poeta

(compenso a necessidade),

viro estranho quando rimo.

no meu ombro, o demônio da sina.

Marcelo Alberto
Enviado por Marcelo Alberto em 21/01/2019
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