Soneto I
Como Charles, fiel ao pecado
Tendo meu divino, quase que ignorado
Maldito não por desejo, e sim
Acho eu, que por desprezo.
A maldição que carrego em minh'alma
Tendo - ainda - excesso de calma
Desgraçando meu caminho
É só maldição de um poeta sozinho.
Com as mais belas intenções
Guardo - ainda - pra mim minhas maldições
Em meus cadernos misteriosos.
À sombra de amores passados, esquecidos
Sou feliz, reencontro meus amigos
Nos dias tristes, calmos, chuvosos.