Pintura de Gernaide Cézar

Todo azul do mar
                      
Me encontro onde pulsa os sonhos
Sou aquela essência que vive e vagueia
Tenho experimentado um tempo novo
Onde vivo a colecionar pausas
Preciso de um espaço para construir
Os meus impossíveis que latejam
Nas antigas aquarelas de um tempo passada
O dia nasce dourado no tempo que brilha
O sol ultrapassa a minha janela
Com raios sombreados e agrestes
Envolvendo o silêncio de todos os sonhos
Que latejam e tecem o caminho em células
Dentro do tempo estendo a minha saudade
  Fica debruçada na parte íntima
Sinto o brilho da lágrima que vagueia
E caminha pelo exílio em rótulos
Contrário à tristeza que reza sem palavras
Deixando nula toda a minha intenção
Que lamenta por não ter tempo
Sobre a vidraça lúcida que transcende
Com as mãos sangrando em pleno vazio
Na sombra que vem dentro de um sonho
Como a água que escorre sobre o tempo
E cobre todo o azul do mar
 

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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 11/03/2019
Reeditado em 11/03/2019
Código do texto: T6595535
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