Soneto III
Por debaixo dos túmulos, mausoléus
Há quem vos maldiz, quem rebelará
E, como quem não há de matar
Da tumba se rebela aos céus.
No paraíso, que é aqui onde estou
No céu ou no inferno, que desconheço
As maldições não se acabam, e eu mereço
Zombar de você e quem mais fracassou.
Busco a vingança mais maligna
Junto aos meus irmãos das trevas
Por quem um dia se fez indigna.
E por mais que se acendam as velas
Por quem se vê justo, mas o sabe que não
A maldição não dará tréguas.