IDENTIDADE (S)

Identifica a Idade

Idade que identifica?

Identifica a vontade

Vontade que vem e fica...

(Mônica)

A verdade! É abismo de cartão

do falso cheiro de chuva que edifica

entre sopros de pura identidade

e a realidade que caleja a mão…

(Eu)

Tem idade que leva a verdade

Tem verdade que é só identidade

Tem identidade de verdade?

(Mônica)

Toda a verdade se identifica

mesmo quando o vento desgasta

E trespassa a confissão casta

Da verdade da nossa identidade…

(Eu)

No afã de encontrar sua própria identidade

Sofre

Na vaidade

De saber que sua idade

Na verdade

Não a torna livre

A não ser que a lei estabeleça

(Mônica)

Não se esqueça!

Ter vaidade não tem maldade…

Sopra meu nome com suavidade

E serei na realidade apenas confidência

Onde será livre ainda que se desconheça

Na presente imponência da verdade…

(Eu)

Tem gente que identifica

Tem gente que é identificado

Tem gente que corre risco

Tem gente que é atropelado

(Mônica)

O ego se manterá infatigável e imaculado

mesmo que seja adjetivado de ousado.

Mas não tem o avesso da aparência

Próprio que que não sabe gerir seus medos…

(Eu)

Tem gente que tem alma nos dedos

Outros tem na ponta dos pés

Literar o tempo inteiro

Sinopse

Identidade soberana

(Mônica)

A verdade? É no abismo de cartão

Onde sinto nesses mesmos dedos

O borbulhar da alma insana

A verdade! Faz parte da identidade!

(Eu)

Fala logo coração

Tens sentimentos pra partilhar

Não se prenda às ideias

Venha na emoção se assentar

(Mônica)

Estilhaça-me na boca a paixão

Onde competem as madrugadas

pela luz das sombras da emoção

Onde as almas se insinuam ousadas

Apesar da música da incoerência…

(Eu)

Na digital tem seu registro

Quem te registra identifica?

Quem te define, exemplifica

Que incoerência!

(Mônica)

Qual? O instante antes do beijo!

Achas que isso explica…

Achas que se identifica?

Ou devemos refletir com insistência…

(Eu)

Quem o define nem tem experiência

Sabatina

Identificado!

De quem é o corpo?

Indigente

(Mônica)

O corpo da alma é diferente…

…não menos exigente!

Mas compartilha todo o tipo de necessidade

Da verdade da identidade…

Insisto…

(Eu)

Registro

Diga-se de passagem

Quem é você senão quem descrevo?

Não sou o que vê, mas o que sinto

Sinto e identifico

(Mônica)

Se me lês sou sensualidade

Se me vês terás a identidade…

Se me sentires saberás que afinal

Não existe abismo de cartão

E sentirás a força da minha mão…

(Eu)

Logo

Passa mão na identidade e vai

Quem te descreve não sabe seus ais

Quem te define se distrai

Era uma vez um conceito

Morreu

(Mônica)

Queres saber a verdade?

A identidade ficaria sem jeito

Ou talvez se sentiria a mais…

Esquece! Ficamos pelo “Tu e Eu”

(Eu)

Esta poesia foi escrita em “parceria” com a ilustre e talentosa escritora do recanto Mônica Cordeiro a quem agradeço.

Aconselho vivamente a visitarem a magnifica escrivaninha da Mônica.

Sessenta e Nove Sugestões Poeticas
Enviado por Sessenta e Nove Sugestões Poeticas em 22/03/2019
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