Perversa
A perversidade
é minha plumagem negra,
arrogância.
Bato a cabeça no cipreste
a ver se assimilo
a humildade da árvore.
mas meu peito
está repleto de
quinquilharias.
Descortino o momento
em que serei pó
em irrevogável
miscigenação
com outros que serão pó.
Adivinho que não
é poética minha
tanatofobia.
Minha alma está aflita
por um sinal de eternidade.
Nada!
O silêncio poroso de Deus
me informa
que o sol, em breve,
será uma super nova.