Perversa

A perversidade

é minha plumagem negra,

arrogância.

Bato a cabeça no cipreste

a ver se assimilo

a humildade da árvore.

mas meu peito

está repleto de

quinquilharias.

Descortino o momento

em que serei pó

em irrevogável

miscigenação

com outros que serão pó.

Adivinho que não

é poética minha

tanatofobia.

Minha alma está aflita

por um sinal de eternidade.

Nada!

O silêncio poroso de Deus

me informa

que o sol, em breve,

será uma super nova.

claudia lidroneta
Enviado por claudia lidroneta em 25/04/2019
Código do texto: T6631817
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