Não procuro, faço a parte que me cabe
Olhe bem pra mim
Veja se encontra paz no meu olhar.
Não tenho em mim
Nem encontro pra mim
Como poderia te ofertar?
Tenho desistido de encontrar
Tenho me forçado a evitar
O contrário dela
Mas a cada grito calado
Provoco estrago
Interno, que sempre vaza, transpira
Não dá pra esconder
Nem posso deixar de ser
Não tem ânimo ao som
De qualquer som
Nem falso sorriso
Para não desagradar
Desagrado por existência
Não me calo
E quando me calo
Outras sentidos gritam
Não evito o olhar
Nem poupo ninguém
Da porta de saida
Sou inteira, despedida
Nos adeus de todo o segundo
Não me adequo ao seu mundo
E volto e meia ando
Cansando do meus próprios mundos
Que invento, pinto e minto
No fim nada tem sentido
A partir disso crio
Do nada ao que eu quiser
É sempre o que eu quiser
Não importa qual tentadora
Seja sua fala.
Desligo o som
Sempre que me cansar
E peço para se retirar
De pensativa e impulsiva
Não me arrependo
Mas possa ser que te peça pra voltar.
De mim pouco sei
De você me esquecerei
Do mundo desinteressei
A paz é ingênua
Pequena, singular.
Não cabe a mim
Mas faço a parte que cabe.
Eu queria oferecer paz.
Mas sou um turbilhão de pensamentos frenéticos e ansiosos.
Sou bagunça.
Sou confusa.
Sou o fim da festa
É o que resta.